Edson Arantes
Os eleitores francanos não querem perder seus representantes e pretendem concentrar seus votos em candidatos de Franca e região nas próximas eleições. A projeção é resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datalink que saiu às ruas da cidade, no fim de outubro, e ouviu 400 pessoas para saber como elas votariam se as eleições fossem hoje. A grande maioria respondeu que não votará em forasteiros e pretende repetir o ocorrido em 2006, quando os eleitores priorizaram candidatos locais.
A pesquisa, realizada entre os dias 23 e 29 de outubro em dez bairros de todas as regiões de Franca, tem margem de erro estimada em 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. O Datalink perguntou se o eleitor escolheria um candidato local ou de outra região do Estado se as eleições fossem hoje. Tanto para a Câmara Federal, quanto para a Assembléia Legislativa, a dife rença pró-Franca foi massacrante.
Em relação à disputa para federal, 91% dos entrevistados responderam que vão descarregar seus votos em alguém da cidade. Apenas 6,2% disseram que vão optar por candidatos de fora e 2,7% não manifestaram suas intenções. “O povo já se conscientizou que é preciso manter em Brasília alguém re presentando a nossa região como um todo. Acho isto muito bom. É o voto distrital na prática, sem precisar mudar a legislação para isto”, avaliou o de putado Marco Aurélio Ubiali (PSB). O ex-prefeito Gilmar Dominici disse ter sentido na pele as dificuldades pela ausência de um apoio em nível nacional. “Quando fui prefeito, governei a cidade por oito anos sem o município ter um de putado federal e sempre critiquei este fato. As dificuldades eram muito grandes. Por isto, a importância da maioria dos eleitores votar em candidatos locais. Uma cidade como a nossa não pode ficar sem re presentante na Câmara Federal”, disse.
Quando a pergunta foi sobre a votação para estadual, a preferência para os candidatos locais foi ainda maior: 92,5%. Apenas 5% pretendem votar em representantes de outras regiões. O percentual de indecisos é praticamente o mesmo: 2,5%. “Achei boa a postura da população que ao dar (o voto) também deverá cobrar depois”, disse o prefeito Sidnei Rocha (PSDB). Para o ex-vereador e advogado Fábio Cruz, a concentração em candidatos locais é um clamor natural da cidade há tempos. “Ninguém precisa querer ousar em brigar com o resultado da pesquisa, pois ela traduz a realidade dos fatos. A população, mais uma vez, age com sabedoria ao querer os que têm base eleitoral em Franca. Só consegue recursos quem tem representação”.
O percentual pró-Franca na pesquisa de intenção de voto em candidatos francanos supera a votação real de 2006 quando os eleitores rechaçaram os forasteiros e elegeram três de putados pela primeira vez na história. Do total, 73,34% escolheram de putados estaduais da região. A preferência para candidato a deputado federal local foi ainda maior: 74,57%. O resultado, todos sabem: depois de 20 anos, Franca conseguiu eleger um representante em Brasília. Dos 84.175 votos que Ubiali teve, 68.050 foram obtidos na cidade.
A concentração de votos também garantiu a reeleição de Gilson de Souza (DEM) e de Roberto Engler (PSDB) como deputados estaduais. O primeiro recebeu o voto de 56.001 eleitores de Franca. A performance de Engler é a exceção, já que foi exatamente o contrário. Foram os votos de fora que garantiram o seu quinto mandato seguido. O tucano recebeu 33.042 votos em casa, mas foi buscar 44.444 em ou tros municípios.
Segundo informações do cartório eleitoral, Franca conta atualmente com 212.170 eleitores. O número não deve alterar significativamente até as próximas eleições. Caso as projeções se confirmem, a cidade terá votos suficientes e condições de manter sua representatividade. Já na possibilidade de saírem muitos candidatos, a pulverização poderá ser fatal e reduzir o número de vagas já conquistadas. Reportagem publicada pelo Comércio no dia 11 de ou tubro revelou que pelo menos 15 políticos admitem a intenção de disputar as eleições do ano que vem.
Fonte: Jornal Comércio da Franca
Os eleitores francanos não querem perder seus representantes e pretendem concentrar seus votos em candidatos de Franca e região nas próximas eleições. A projeção é resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datalink que saiu às ruas da cidade, no fim de outubro, e ouviu 400 pessoas para saber como elas votariam se as eleições fossem hoje. A grande maioria respondeu que não votará em forasteiros e pretende repetir o ocorrido em 2006, quando os eleitores priorizaram candidatos locais.
A pesquisa, realizada entre os dias 23 e 29 de outubro em dez bairros de todas as regiões de Franca, tem margem de erro estimada em 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. O Datalink perguntou se o eleitor escolheria um candidato local ou de outra região do Estado se as eleições fossem hoje. Tanto para a Câmara Federal, quanto para a Assembléia Legislativa, a dife rença pró-Franca foi massacrante.
Em relação à disputa para federal, 91% dos entrevistados responderam que vão descarregar seus votos em alguém da cidade. Apenas 6,2% disseram que vão optar por candidatos de fora e 2,7% não manifestaram suas intenções. “O povo já se conscientizou que é preciso manter em Brasília alguém re presentando a nossa região como um todo. Acho isto muito bom. É o voto distrital na prática, sem precisar mudar a legislação para isto”, avaliou o de putado Marco Aurélio Ubiali (PSB). O ex-prefeito Gilmar Dominici disse ter sentido na pele as dificuldades pela ausência de um apoio em nível nacional. “Quando fui prefeito, governei a cidade por oito anos sem o município ter um de putado federal e sempre critiquei este fato. As dificuldades eram muito grandes. Por isto, a importância da maioria dos eleitores votar em candidatos locais. Uma cidade como a nossa não pode ficar sem re presentante na Câmara Federal”, disse.
Quando a pergunta foi sobre a votação para estadual, a preferência para os candidatos locais foi ainda maior: 92,5%. Apenas 5% pretendem votar em representantes de outras regiões. O percentual de indecisos é praticamente o mesmo: 2,5%. “Achei boa a postura da população que ao dar (o voto) também deverá cobrar depois”, disse o prefeito Sidnei Rocha (PSDB). Para o ex-vereador e advogado Fábio Cruz, a concentração em candidatos locais é um clamor natural da cidade há tempos. “Ninguém precisa querer ousar em brigar com o resultado da pesquisa, pois ela traduz a realidade dos fatos. A população, mais uma vez, age com sabedoria ao querer os que têm base eleitoral em Franca. Só consegue recursos quem tem representação”.
O percentual pró-Franca na pesquisa de intenção de voto em candidatos francanos supera a votação real de 2006 quando os eleitores rechaçaram os forasteiros e elegeram três de putados pela primeira vez na história. Do total, 73,34% escolheram de putados estaduais da região. A preferência para candidato a deputado federal local foi ainda maior: 74,57%. O resultado, todos sabem: depois de 20 anos, Franca conseguiu eleger um representante em Brasília. Dos 84.175 votos que Ubiali teve, 68.050 foram obtidos na cidade.
A concentração de votos também garantiu a reeleição de Gilson de Souza (DEM) e de Roberto Engler (PSDB) como deputados estaduais. O primeiro recebeu o voto de 56.001 eleitores de Franca. A performance de Engler é a exceção, já que foi exatamente o contrário. Foram os votos de fora que garantiram o seu quinto mandato seguido. O tucano recebeu 33.042 votos em casa, mas foi buscar 44.444 em ou tros municípios.
Segundo informações do cartório eleitoral, Franca conta atualmente com 212.170 eleitores. O número não deve alterar significativamente até as próximas eleições. Caso as projeções se confirmem, a cidade terá votos suficientes e condições de manter sua representatividade. Já na possibilidade de saírem muitos candidatos, a pulverização poderá ser fatal e reduzir o número de vagas já conquistadas. Reportagem publicada pelo Comércio no dia 11 de ou tubro revelou que pelo menos 15 políticos admitem a intenção de disputar as eleições do ano que vem.
Fonte: Jornal Comércio da Franca
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