DIFERENTES, SIM. MAS COM UM OBJETIVO EM COMUM

MARCOS JUNQUEIRA
Editor-assistente de Local/COMÉRCIO DA FRANCA

Cinco homens, com idades, filosofias políticas, histórias e personalidades totalmente diferentes estão em plena disputa para governar Franca pelos próximos quatro anos. Cada qual ao seu estilo, eles têm trabalhado com um único objetivo: conquistar o eleitorado da cidade. A disparidade dos estilos é grande e passa da personalidade forte do atual prefeito, Sidnei Rocha (PSDB), ao tipo “bom moço” de Cristiano Rodrigues (PV).

Rocha é o mais velho. Fará 65 anos no próximo dia 22. Formado em Direito, já foi vereador, entre 1976 e 1982, e prefeito (entre 83 e 87). Conhecido pelos posicionamentos firmes e pelo estilo centralizador de governar, tem obtido bons índices de aprovação popular e em pesquisa de intenção de votos, como a realizada em maio pelo Instituto Datalink - sob encomenda do Comércio da Franca. Foi apontado como favorito disparado a vencer estas eleições. Sobre suas chances de vitória, o tucano não economiza modéstia. “Entrei para ganhar”, disse, quando oficializou sua candidatura.

Seu principal adversário é o petista Gilson Pelizaro, 42. Vereador há quatro mandatos, tem utilizado - e com a proximidade da eleição reconhece que intensificará o ritmo - todo e qualquer deslize da administração de Rocha para tentar arrebanhar eleitores. Agora, o tema a ser explorado à exaustão é a falta de água em Franca, registrada desde 20 de julho e com perspectivas de perdurar por mais alguns dias. Por onde passa, Pelizaro toca no assunto. “Eu não assinei o contrato da Prefeitura com a Sabesp e fui contrário à aprovação como ela ocorreu, às pressas, e sem que a maioria conhecesse o seu teor. O resultado está aí”, afirmou, na última semana.

O advogado Jorge Martins (PSOL), ou “Jorginho”, de 50 anos, quer aproveitar a disputa entre o tucano e o petista para correr por fora e ganhar espaço. Em seu discurso, não se cansa de dizer que Sidnei Rocha e Gilson Pelizaro - e seus partidos - têm muitas semelhanças no estilo de administrar. “Nos últimos anos, nos dois governos, Franca enfrenta os mesmo problemas. Seremos uma opção para o eleitor”, garante.

Professor universitário, Tito Flávio (PCB) é jovem e bem articulado e demonstra conhecimentos políticos. Ele próprio reconhece que suas chances são pequenas, mas ressalta a importância de sua candidatura. “Em uma eleição é fundamental que haja mais que uma ou duas opções. Acho muito importante estabelecermos um amplo debate de idéias”, disse.

O quinto postulante à Prefeitura é Cristiano Rodrigues (PV). Jovem, de fala mansa e educado, quer cativar os eleitores com um discurso politicamente correto, embasado por projetos de ações sociais e de preservação do meio ambiente. Para ele, o favoritismo de Rocha é virtual e, nas urnas, tudo pode ser revertido. “A campanha começou agora. Nossa candidatura tem sido bem aceita e estou certo que crescerá muito até as eleições. A decisão só sairá no final da apuração”, afirmou, na sexta-feira.

Fonte: Comércio da Franca (3/8/2008)

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