1. O presidente Evo Morales denunciou a conspiração em marcha, que já não persegue somente a desestabilização social, política e econômica do país, mas também a instauração de uma ditadura fascista e a divisão nacional.
2. A situação se torna ainda mais grave pelas determinações radicais dos governadores e dos comitês cívicos da chamada "meia-lua", que se traduzem em medidas de pressão delituosas, como a tomada de instituições, ataques a oficiais e a efetivos das Forças Armadas e da Polícia boliviana, atentados a centros produtivos, a representações presidenciais, setores de organizações populares, domicílios particulares e agressões violentas a cidadãos, com cunho racista.
3. A responsabilidade total das ações provocadoras neofascistas, que operam atualmente com absoluta impunidade, deve ser atribuída às autoridades estaduais, municipais e aos comitês cívicos dos estados que reclamam "autonomia" em um projeto federal de alcance separatista.
4. Além da apologia da violência – sob o pretexto de defender o Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos (IDH) –, o papel dos meios de difusão, a serviço dos interesses da direita, é fundamental na justificação dos atos de agressão que constituem o pilar da estratégia da tensão.
5. A essa altura, logo depois dos resultados do referendo revogatório – no qual o povo boliviano se pronunciou categoricamente pela continuidade e aprofundamento das mudanças progressistas –, é tempo de culminar o processo constituinte, garantindo a consulta cidadã para aprovar a nova Constituição.
6. As tentativas desesperadas das forças de contra-revolução buscam precipitar a reação de militares e policiais que, de nenhuma maneira, devem reprimir o povo e seguir aplicando a lei. Assim, nem as Forças Armadas ou a Polícia de cada região podem usar suas armas contra os trabalhadores e a população indefesa, a não ser para resguardar a tranqüilidade pública diante dos vândalos dos grupos de choque, que continuam com sua escalada subversiva, visando a "derrubar o índio", como eles dizem.
7. Nessa conjuntura crítica em que se joga o destino da Bolívia e do processo de mudanças, o chamamento do presidente Evo Morales não pode ser esquecido. Assim, nosso Partido convoca os patriotas a defender a unidade nacional, os democratas e progressistas que lutam pela libertação nacional e social, a cerrar fileiras e preparar a contra-ofensiva nacional e popular através da mobilização organizada e da vigilância organizada, impedindo o golpe de estado civil.
Hoje, mais do que nunca, se impõe a guinada necessária ao processo até um rumo revolucionário que signifique a derrota definitiva do fascismo e do imperialismo norte-americano!
Organizar e mobilizar o povo para acabar com o fascismo!
Pela defesa da unidade nacional e o resgate da Pátria!
Setembro de 2008
Comissão Política do Partido Comunista da Bolívia
Fonte: PCB
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