Polícia vai apurar como revólver entrou na cadeia
I
JUCIMARA DE PAUDA
DA FOLHA RIBEIRÃO
I
Uma rebelião de cinco horas destruiu parcialmente a superlotada cadeia de Franca (400 km de São Paulo) entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem. Com capacidade para 216 detentos, a unidade abrigava 475 -das 28 celas, cinco foram interditadas após o término do motim. Segundo a polícia, ninguém ficou ferido.
I
A rebelião iniciou às 20h30, durante a distribuição do jantar. Um carcereiro foi feito refém por presos com um revólver calibre 38. "Abrimos sindicância para saber como a arma entrou na cadeia. Fizemos revistas periódicas, e ela não estava lá", disse o delegado seccional Maury de Camargo Segui.
I
Para liberar o carcereiro, os detentos exigiram a presença da advogada Ariane dos Anjos, que defende vários presos acusados de ligação com o PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola (suposto líder da facção). Os rebelados exigiram que ela acompanhasse a revista na cadeia -o que ocorreu ontem de manhã. Foram encontrados 20 celulares, facas e barras de ferro.
I
Os rebelados mantiveram acesa uma fogueira, abastecida com tênis, roupas, camas, colchões, roupas e alimentos. Os líderes do motim responderão pelos crimes de porte ilegal de arma, formação de bando ou quadrilha, cárcere privado e dano ao patrimônio público.
I
Foto: Marcos Limonti/Comércio da Franca (6/3/2008)
Fonte: FolhaOnline
Nenhum comentário:
Postar um comentário