REPÚDIO AO ASSASSINATO DE DIRIGENTES DAS FARC
ATO CONTRA O GOVERNO TÍTERE IMPERIALISTA DA COLÔMBIA
DIA 06 DE MARÇO - QUINTA-FEIRA ÀS 15:00 h
EM FRENTE AO CONSULADO DA COLÔMBIA
RUA TENENTE NEGRÃO 140 – ITAIM – SÃO PAULO – SP
1 - O PCB repudia, veementemente, o assassinato de 16 guerrilheiros das FARC-EP e de um de seus maiores dirigentes, Raúl Reyes, pelo governo narco-terrorista da Colômbia comandado por Uribe Vélez.
2 - A soldo dos Estados Unidos, o governo de Uribe, contrariando os anseios do povo colombiano e de outros governos do mundo que apontam para uma saída política com justiça social para a guerra civil, mantém sua decisão de querer resolver o conflito militar pela via militar.
3 - Uribe faz aposta em resolver o conflito social pela via militar, pois quer reverter o profundo desgaste político que sofreu nas últimas semanas, quando as FARC decidiram, unilateralmente, libertar os reféns que estavam sob seu poder. A intermediação positiva do presidente venezuelano Hugo Chávez para a entrega dos prisioneiros, bem como as críticas feitas pelos reféns libertados ao presidente Uribe de sua política belicista e de que as FARC não estão enfraquecidas, fez com que o narco-presidente colombiano reagisse, tentando demonstrar, ao mundo, que sua saída militar é a mais correta.
4 - Uribe, além de ser um presidente que representa os interesses da narco-oligarquia colombiana, é uma cabeça de ponte do interesses do governo dos Estados Unidos na América do Sul. Se não bastasse manter uma política que criminaliza os movimentos sociais (a Colômbia é o país em que mais se assassinam dirigentes sindicais no mundo) e que quer acabar com as FARC pela via militar, ele usa o conflito social que atinge seu país para fazer constantes ameaças ao governo e ao povo venezuelano. Uribe e seu governo se tornam, portanto, uma grave ameaça à estabilidade em nosso subcontinente.
5 - Essa ameaça se viu claramente no assassinato dos guerrilheiros das FARC e de seu comandante Raúl Reyes. Sem se importar com a soberania equatoriana, tropas da Colômbia invadiram o país vizinho atrás dos guerrilheiros. Caças colombianos desrespeitaram o espaço aéreo do Equador para atacar o acampamento da guerrilha. Após o ataque, tropas invadiram o país vizinho, mataram covardemente os feridos e trasnportaram o corpo do comandante Raúl Reyes para o território colombiano.
6 - Por todas essas razões, o PCB manifesta seu pesar pela morte do comandante Raúl Reyes, cuja vida foi dedicada, integralmente, à luta do povo colombiano por sua libertação de um regime opressivo dominado por uma narco-oligarquia submissa aos interesses dos Estados Unidos. Junto com os demais guerrilheiros mortos, o camarada será sempre lembrado pelos revolucionários de todo o mundo pela lealdade e firmeza que demonstraram na luta pela construção do socialismo.
7 - Ao mesmo tempo, o PCB repudia a estratégia do governo Uribe, que seguindo as ordens emanadas de Washington, aposta em uma saída militar para o conflito social colombiano, que tem, na guerrilha, uma de suas formas de expressão. Só haverá paz na Colômbia com justiça social, ou seja, devem ser feitas profundas mudanças na ordem econômica e política que destruam as bases econômicas e políticas que sustentam o poder da oligarquia colombiana.
8 - Por fim, manifestamos nosso apoio e solidariedade aos governos e aos povos do Equador e da Venezuela. Todos os seus esforços apontam para uma saída política e com justiça social para o conflito colombiano, além de serem nações cujas forças populares se empenham na construção de uma nova ordem econômica, política e social que elimine a miséria, construindo uma nação livre das desigualdades que as caracterizam.
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO
Rua Francisca Miquelina 94 – São Paulo – SP
Tel: 11.3106-8461
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