"A estrutura econômica capitalista e o
poder econômico dos grandes monopólios se expressam
no controle do processo político. O sistema político resulta ser extremamente
adequado à manutenção dos interesses das classes dominantes que podem interferir
diretamente na dinâmica eleitoral e nos rumos dos governos e representantes
eleitos. A transição da autocracia burguesa na forma da Ditadura empresarial
militar implantada em 1964 para uma democracia burguesa não implicou na efetiva
incorporação dos trabalhadores e da maioria da população na vida política e nas
esferas reais de decisão, transformando o jogo político numa forma de
legitimação do poder de uma minoria com a perpetuação de seus interesses. Como
a classe trabalhadora se levantava depois de uma longa noite de terror imposta
pela ditadura, organizava-se e se colocava em luta, a burguesia não conseguiu
consolidar uma alternativa própria para dirigir o Estado em sua nova fase
“democrática”, em que era preciso buscar o mínimo de legitimidade entre as
classes trabalhadoras e os setores médios tão duramente atingidos pela
contrarreforma e as privatizações.
A primeira alternativa política dos grupos dominantes nesta fase (depois de descartado o controle direto pelos políticos fiéis à ditadura) foi a criação de uma “social democracia”, que já nascia velha e deformada, sem um passado de luta por direitos, tampouco uma relação com as bases organizadas dos trabalhadores como aconteceu na Europa levando ao “Estado do bem-estar social”. Aqui, a versão brasileira da social democracia já nasceu comprometida com o grande capital, aliada ao fisiologismo e ao conservadorismo e adepta das teses neoliberais."
A primeira alternativa política dos grupos dominantes nesta fase (depois de descartado o controle direto pelos políticos fiéis à ditadura) foi a criação de uma “social democracia”, que já nascia velha e deformada, sem um passado de luta por direitos, tampouco uma relação com as bases organizadas dos trabalhadores como aconteceu na Europa levando ao “Estado do bem-estar social”. Aqui, a versão brasileira da social democracia já nasceu comprometida com o grande capital, aliada ao fisiologismo e ao conservadorismo e adepta das teses neoliberais."
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