Passeata contou com mais de 100 estudantes que lutam pela igualdade de condições ao acesso e permanência na escola
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Mais de 100 estudantes foram escoltados pela Polícia Militar durante passeata que ocorreu na manhã de ontem nas principais ruas da cidade. Sem ter sucesso com a diretoria do campus de Franca, os estudantes pediram igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Os alunos denunciaram o descaso da diretoria no trato com a questão da moradia e que com isso, estaria sacrificando os estudantes dos cursos existentes, que precisam caminhar mais de 7 quilômetros todos os dias, revelou Gilcemar Aparecido Borges, do 4º ano de história.
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Segundo ele, a transferência dos cursos do prédio do Centro para a nova área no Jardim Petráglia trouxe diversos problemas para quem está na Moradia Estudantil, que fica a mais de 7 quilômetros de distância. “O estudante enfrenta diversos problemas como alimentação, riscos de acidentes e segurança, entre outros”, comentou Gilcemar.
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A Moradia Estudantil consiste no apoio dado pela universidade aos alunos considerados sócio-economicamente carentes. Engloba os restaurantes universitários, as casas e apartamentos da universidade e unidades alugadas, além do auxílio aluguel pago mensalmente aos selecionados. Porém, em Franca a situação está conturbada, pois os alunos enfrentam dificuldades na locomoção.
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Gilcemar explicou que o diretor Fernando Fernandes foi cobrado sobre o assunto, mas ainda não teria tomado nenhuma medida. A Moradia Estudantil fica localizada no Jardim Lima, perto da Automec. No ano passado a distância para o campus no Centro era de 1,5 quilômetro e a partir de 2009, ela chega a ser de 7 quilômetros. Muitos alunos não têm condições para arcar com o custo do transporte público e estão indo à pé para a universidade, numa caminhada de 1h30, inclusive à noite, sob risco.
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Durante a passeata, os estudantes questionaram o longo período de negociação com a diretoria da Unesp. Antes mesmo da construção da nova edificação, eles solicitavam a Moradia Estudantil mais próxima. No entanto, apenas promessas teriam sido feitas de locação de imóvel próximo ou até mesmo transporte gratuito, mas ainda a situação está indefinida. Os estudantes mais uma vez questionam os princípios de igualdade de acesso à universidade serem encarados como uma mera formalidade.
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A solicitação é de que seja realizada o mais rápido a Moradia Estudantil, atendendo as necessidades dos alunos com carência sócio-econômica (alunos da moradia e bolsistas PAE - Programa de Apoio Acadêmio e Extensão) e o transporte gratuito.
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A reportagem procurou neste sábado os diretores da unidade, mas eles não foram encontrados para falar sobre o assunto.
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Fonte: Diário da Franca (5/4/2009)
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